
O que é HPV?
HPV é a sigla em inglês pelo qual o Papilomavírus Humano é mais comumente conhecido.
O HPV é um tipo de vírus capaz de infectar a pele e as mucosas como o interior da boca, da garganta, da faringe do ânus, da vulva, do pênis e da vagina, fazendo com que o paciente desenvolva verrugas e lesões nas regiões que foram atacadas pelo vírus.
Acredita-se que a maior parte das variedades de HPV seja capaz de causar lesões que são consideradas precursoras do câncer.
É por conta disso que o HPV acaba entrando na lista de fatores de risco para doenças como o câncer de colo de útero, o câncer de cólon e reto e o câncer de boca e garganta.
O HPV pode atingir tanto homens quanto mulheres.
❓Quais são os tipos de HPV?
Existem mais de 150 tipos de HPV, cerca de 40 infectam o trato genital de homens e mulheres, afetando pênis, vagina e colo do útero, por exemplo.
São 12 os tipos de HPV considerados de alto risco, ou seja, capazes de ocasionar o câncer. Esses são denominados HPV tipo 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59.
Os tipos 16 e 18 de HPV são apontados como responsáveis por 70% dos câncer de colo de útero detectados em todo o mundo, além de também serem causadores de cerca de 90% dos câncer de cólon e reto diagnosticados.
Os tipos mais inócuos e corriqueiros de HPV são os tipos 6 e 11, sendo capazes de causar verrugas nos genitais e na laringe.
❓Quais são os sintomas?
De forma geral, o HPV não apresenta sintomas. O fato de você possuir o vírus não quer dizer que desenvolverá verrugas e lesões, sendo que muitos pacientes ficam com o vírus latente em seus organismos por até mesmo vários anos.
No entanto, uma vez que haja uma queda mais severa de imunidade, seja por conta do estresse seja por conta de uma doença, o HPV pode finalmente apresentar sintomas, fazendo com que o paciente apresente lesões, que podem ser clínicas ou subclínicas.
❓Como faz o diagnóstico?
O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.
• Lesões clínicas: podem ser diagnosticadas por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e dermatológico (pele).
• Lesões subclínicas: podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como: o exame preventivo Papanicolau (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatologia para distinguir as lesões benignas das malignas.
❓Como são os tratamentos?
Cada paciente deve ter uma avaliação individualizada, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
Podemos usar agentes químicos, estimuladores da imunidade e cirurgia.
O tratamento das verrugas anogenitais não elimina o vírus, por isso as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parcerias devem retornar ao serviço, caso identifique novas lesões.
❓ E a prevenção?
Vacinação:
A vacina contra o HPV é a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:
• Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
• Pessoas com HIV;
• Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos.
O ministério da saúde adotou a vacina quadrivalente, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18.
Na rede privada também existem as vacinas bivalente (protege contra os subtipos 16 e o 18) e a nonavalente (protege contra os subtipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58).
⚠️ A vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.
Preservativos
Apesar de prevenir a maioria das IST (infecções sexualmente transmissíveis), não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa testicular).
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Dr. Thales Mendes
Urologista
CRM 12716 | RQE 11575